Não existe uma vida sem tempestade, não existe
tempestade sem ondas grandes e não existe barco sem um capitão!
Como de costume, todo ano sou levada para uma sala onde sou quebrada e moldada para alcançar a perfeição dEle.
Eu estava em um barco no meio do oceano, a minha visão só enxergava as ondas e o céu sobre minha cabeça. Eu já estava bem longe de tudo e de todos, era só as ondas e eu.
Eu sentia uma brisa suave que fazia meus cabelos se agitarem e ouvia uma música tão romântica vinda das ondas que acabei deitando no barco e adormecendo. Quando acordei, vi que o sol já tinha dado espaço para a lua e que as estrelas já tinham tomado o seu lugar atrás de grandes nuvens densas.
O barco balançava mais que o normal, as ondas deixaram de ser calmas e começaram a me fazer medo.
O vento estava bravo e forte. Ele queria me intimidar, a chuva tentava me fazer chorar, mas nenhum medo ou lágrima conseguia tomar conta de mim.
Eu sabia que eu não estava sozinha, dentro de mim existia um espírito de alegria, eu só conseguia olhar para aquela tempestade e entoar novos cânticos de louvor e adoração, mesmo que a tristeza viesse para me derrubar.
Parecia que ela vinha junto a uma imensa onda e balançava todo o barco me causando medo e angústia. Ao mesmo tempo que ela estava me abalando eu conseguia me levantar e cantar. Meus tombos foram vários, mas a cada tombo vinha a certeza de um levantar com cânticos novos.
Confiei nas sábias palavras de um marinheiro e não deixei que as ondas fossem maiores que a autoridade dada pelo meu capitão.
Respirei fundo, peguei os remos e tentei remar contra aquela tempestade.
Só que as ondas eram mais fortes e maiores do que eu. Minhas forças já estavam se esgotando, me sentia tonta e perto de desmaiar, mesmo sem ninguém por perto gritei por socorro, ninguém podia me ouvir, mas eu gritava com toda força que ainda me restava.
Foi quando eu olhei para o céu e vi que naquela direção eu não precisava gritar, só sussurrar.
As únicas palavras que eu conseguir dizer foram estas: Capitão, estou em perigo, não tenho forças, tome os remos e assuma o controle.
As palavras saíram como um sussurro, mas com uma força que eu desconhecia. E bem longe surgiu uma figura estranha, algo que eu não conseguia identificar. Ela foi se aproximando em passos lentos, eu apertei bem os olhos sem acreditar no que via, olhei uma, duas vezes e comecei a crer.
Era um leão andando sobre as águas e a cada passo dele uma onda se acalmava. Foi quando ele se aproximou de mim, olhou bem dentro dos meus olhos e rugiu com tanta força que eu fiquei maravilhada. As ondas foram se acalmando, as nuvens escuras sumindo junto com a chuva. E tudo ficou calmo e sereno...
Daquela tempestade eu só sai molhada, mas nunca me esquecerei dela.
Como de costume, todo ano sou levada para uma sala onde sou quebrada e moldada para alcançar a perfeição dEle.
Eu estava em um barco no meio do oceano, a minha visão só enxergava as ondas e o céu sobre minha cabeça. Eu já estava bem longe de tudo e de todos, era só as ondas e eu.
Eu sentia uma brisa suave que fazia meus cabelos se agitarem e ouvia uma música tão romântica vinda das ondas que acabei deitando no barco e adormecendo. Quando acordei, vi que o sol já tinha dado espaço para a lua e que as estrelas já tinham tomado o seu lugar atrás de grandes nuvens densas.
O barco balançava mais que o normal, as ondas deixaram de ser calmas e começaram a me fazer medo.
O vento estava bravo e forte. Ele queria me intimidar, a chuva tentava me fazer chorar, mas nenhum medo ou lágrima conseguia tomar conta de mim.
Eu sabia que eu não estava sozinha, dentro de mim existia um espírito de alegria, eu só conseguia olhar para aquela tempestade e entoar novos cânticos de louvor e adoração, mesmo que a tristeza viesse para me derrubar.
Parecia que ela vinha junto a uma imensa onda e balançava todo o barco me causando medo e angústia. Ao mesmo tempo que ela estava me abalando eu conseguia me levantar e cantar. Meus tombos foram vários, mas a cada tombo vinha a certeza de um levantar com cânticos novos.
Confiei nas sábias palavras de um marinheiro e não deixei que as ondas fossem maiores que a autoridade dada pelo meu capitão.
Respirei fundo, peguei os remos e tentei remar contra aquela tempestade.
Só que as ondas eram mais fortes e maiores do que eu. Minhas forças já estavam se esgotando, me sentia tonta e perto de desmaiar, mesmo sem ninguém por perto gritei por socorro, ninguém podia me ouvir, mas eu gritava com toda força que ainda me restava.
Foi quando eu olhei para o céu e vi que naquela direção eu não precisava gritar, só sussurrar.
As únicas palavras que eu conseguir dizer foram estas: Capitão, estou em perigo, não tenho forças, tome os remos e assuma o controle.
As palavras saíram como um sussurro, mas com uma força que eu desconhecia. E bem longe surgiu uma figura estranha, algo que eu não conseguia identificar. Ela foi se aproximando em passos lentos, eu apertei bem os olhos sem acreditar no que via, olhei uma, duas vezes e comecei a crer.
Era um leão andando sobre as águas e a cada passo dele uma onda se acalmava. Foi quando ele se aproximou de mim, olhou bem dentro dos meus olhos e rugiu com tanta força que eu fiquei maravilhada. As ondas foram se acalmando, as nuvens escuras sumindo junto com a chuva. E tudo ficou calmo e sereno...
Daquela tempestade eu só sai molhada, mas nunca me esquecerei dela.